Olha quem está de volta. Eu expliquei na fanpage do blog o que aconteceu comigo, mas o que eu quero falar aqui é outra coisa, quero falar sobre um livro especial chamado: Eu sou Malala. Já ouviram falar dela? Aquela menina que foi baleada por lutar pelo seu direito de estudar. Não? Então venha ler essa resenha e se admire junto comigo.
"Nasci menina, num lugar onde as filhas são escondidas atrás de cortinas, sendo seu papel na vida apenas fazer comida e procriar. " (Página 21)
Uma das tradições do povo paquistão é que todas as meninas quando crescem devem se recolher em casa e só podem sair se forem acompanhadas de um parente de sexo masculino, independente da idade e não podem ser educadas da forma tradicional (frequentar escolas). Malala sempre deixou claro que com ela as coisas não seriam assim e o seu pai defendia a tese de que ela seria livre e faria o que quisesse, inclusive defendia o direito dela e de todas as meninas estudarem, sendo assim que ele foi fundador e diretor da escola que Malala estudava
" Meu pai costumava falar: Vou proteger sua liberdade, Malala. Pode continuar sonhando. "
(Página 77)
O pai de Malala sofreu algumas perseguições por ter uma escola de meninas, muitos diziam que as mulheres são sagradas e deveriam ser recatadas, assim como no Corão, que não tinha nenhuma mensão a elas e que só falava sobre Maria para provar que Jesus era filho dela e não de Deus e por isso a escola teria que ser fechada. (tipo, What?)
" Embora amássemos estudar, só nos demos conta de quanto a educação é importante quando o Talibã tentou nos roubar esse direito. Ir à escola, ler, fazer os deveres de casa não era apenas um modo de passar o tempo. Era nosso futuro. " (Página 156)
Existiram muitas ameaças para que fechassem a escola, mas Malala e seu pai lutavam pelo direito do estudo. O nome de Malala começou a ficar muito conhecido na escola e na mídia por sua persistência aos estudos e ela passou a dar muitas entrevistas. em um dos seus documentários inclusive, pedia ao mundo para que os ajudassem a salvar as escolas e a salvar o Paquistão. A repercussão foi tão grande, que um dia voltando da escola, aos seus 15 anos, dentro do veículo que levava ela e mais algumas meninas para casa, entrou um Talibã procurando por Malala e quando a encontrou a baleou bem no rosto. O mundo todo ficou sabendo, o mundo todo se comoveu com a situação e para quem achou que esse foi o fim, foi apenas mais um começo.
" Não quero ser lembrada como a menina que foi baleada pelo Talibã, mas como a menina que lutou pela educação. " Página 323
Essa é uma das histórias reais mais incríveis que eu já li na minha vida. Felizmente aqui onde vivemos, ninguém é proíbido de estudar e nem sofre ameaças por frequentar a escola, mas nem todos os países são assim. Malala, por um momento, viu seus sonhos sendo barrados graças a religiosidade e a falta de coração do povo Talibã. O livro nos ensina muita coisa sobre a cultura deles, sobre crenças, tradições e sobre lutar pelo que você acredita, desde que não prejudique ninguém.Malala lutou e luta pelo seu direito de estudar e hoje sonha em poder voltar para casa sem ser morta.
Obs: Ela ganhou o prêmio nobel da paz, a ONU colocou a data do dia 20 de Novembro como o dia de Malala e por não querer dar mais Spoilers, leiam esse livro, conheçam mais sobre ela e lutem pelos seus direitos também.
Editora: Companhia das letras
Número de páginas: 342
Autor: Malala com Christina Lamb
Classificação: ♥♥♥♥♥ (Excelente)
Editora: Companhia das letras
Número de páginas: 342
Autor: Malala com Christina Lamb
Classificação: ♥♥♥♥♥ (Excelente)
xx
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