3 de dezembro de 2016

Documentário: Living on one dollar



O que tenho a dizer sobre esse documentário? Digo apenas para se prepararem para o choque de realidade! “Living on one dollar” nos faz refletir sobre a existência humana, sobre o que estamos fazendo da nossa vida e, principalmente, sobre o que realmente importa.

Esse documentário reporta a experiência de 4 amigos americanos que resolveram viver 8 semanas na Guatemala com apenas 1 dólar por dia, ou até zero, para os 4, a fim de conhecer de fato a pobreza. Zach Ingrascie Chris Temple, os 2 amigos que tiveram a ideia, se conheceram no ensino médio e, após começarem a faculdade, pensaram que livros não seriam capazes de reportar a realidade da vida dessas pessoas, então, tomaram a iniciativa de viver na pobreza e convidaram 2 amigos para a experiência: Sean Leonard e Ryan Christofferson. 

De pouco a pouco, durante as cenas, um sentimento de choque foi me tomando. Como de costume com documentário, imaginei que fosse se tornar tedioso e que eu logo logo procuraria outro pela Netflix, ainda mais quando vi que teria 1h (quase morri). Mas ainda bem que não fechei a aba, pois foi puro amor, apesar do choque. Continuei assistindo simplesmente porque me prendeu muito, tive muita curiosidade para saber o que caberia em um 1h de documentário acerca dessa experiência. Eu amei! 

Tive uma mistura de sentimentos: choque (primeiramente claro), tristeza, alegria... Novamente me veio a mente o quanto o mundo é grande e o quanto vivemos no mesmo quadrado. Todas as ideias e ideais que de fato tenho baseiam-se no meu mundo que é muito pequeno se comparado com o mundo, mas que, para mim, é o mundo no batidão do dia a dia. Exemplo: Sabe aquele ataque de fúria que você teve quando um carro te fechou no trânsito? Então, ele se torna bastante bobo quando comparado à falta de comida por 24h ou mais de diversas famílias pelo mundo. Chega a dar um sentimento de culpa e de pequenez por todas as relevâncias que damos ao que não tem importância.

Confesso que muitas vezes que me deparei com essas comparações à fome e apenas pensei no absurdo que é não ter como se alimentar, mas, foi ao ver o documentário que enxerguei mesmo que a fome não é apenas um tópico a ser debatido, mas sim COMBATIDO.

Não foi só o fato da fome que me chamou a atenção, mas também a solidariedade que ainda existe entre pessoas que tão pouco têm, bem diferente do nosso mundo, ou pelo menos do meu, no qual raras são as vezes de solidariedade pura, sem a espera de algo em troca. No documentário, vê-se quem já passa por dificuldades e que, mesmo assim, preocupa-se com o próximo e o ajuda. Quem, ao invés de tomar proveito da própria sabedoria, prefere compartilhar conhecimento para crescimento mútuo. (Fiquei com vontade de citar o que vi no documentário, mas prefiro não comentar e deixar a curiosidade de vocês os levarem a ver o coração maravilhoso de Anthony). 

Outro ponto que me marcou foi o pequeno Chino, de 12 anos, aprendendo inglês. Chino fala Kaqchikel, um dialeto local, mas, por já pensar na necessidade de encontrar trabalho no futuro (como lavrador, pois esse é o futuro que ele enxerga, não existindo outra possibilidade por falta de oportunidade), mostrou grande interesse em aprender espanhol e inglês. Uma das cenas mostra Chris ensinando inglês ao pequeno sob à luz de uma vela, com um caderno e um lápis. (E eu reclamando que não pude entrar em curso de italiano.)

O documentário também mostra pessoas que desistiram dos seus sonhos por não terem oportunidade de estudar já que, por falta de dinheiro, precisaram trabalhar. Rosa, por exemplo, parou de estudar para ajudar os pais, deixando de lado o sonho de ser enfermeira.

Veja o trailer:


O que aprendi com esse documentário maravilhoso? Aprendi que devemos dar importância ao que realmente é essencial. Vi que mesmo com a imensidão do que podemos ser, as vezes nos deixamos levar e optamos por ser pequenos diante do grande mundo ao qual pertencemos.

Qualquer pessoa que assista a esse documentário, com certeza, em algum mísero momento ou em praticamente todos, terá a vontade de ajudar essas famílias que vivem com tão pouco (materialmente). Como ajudar:

Mandar alguma coisa que não uso? Por que não?

Se você possui algo que irá descartar, pode enviar direto para este querido povo carente. O endereço é:
Mayan Families
7-97 Calle Xecumuc
Panajachel, Dept. Solola
Guatemala 07010

De acordo com o site oficial, eles precisam de:
· Suprimentos Médicos
· Roupas e Artigos de Cama
· Material escolar, incluindo mochilas
· Notebooks e computadores de mesa e acessórios
· Smartphones
· Produtos de Higiene Pessoal
· Itens bem-estar animal
· Equipamentos esportivos
· Ferramentas para escolas profissionalizantes
· Brinquedos

Se tiver alguma dúvida sobre o que for enviar, o e-mail é donorrelations@mayanfamilies.org.

Quer ajudar na educação?
Caso não queira ter custo com frete e queira ajudar com dinheiro, uma opção é dar uma força em atingir a meta da arrecadação coletiva para os estudos da Rosa, Yonada, e Anthony. No momento deste post já foi arrecadado $184.968,07. Este valor corresponde a 92% da meta final de $200.000,00. Se deseja dar uma mãozinha, clique aqui.”1



O homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe”: Não podemos esquecer do que somos por essência. Não podemos nos corromper! <3

Dani 

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